“variações infímas podem alterar irreversivelmente o padrão dos acontecimentos” Uma simples mistificação dos economistas americanos, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias, cientificamente dada a conhecer á Humanidade por Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos.

sexta-feira, novembro 16, 2012

Sobre a carga policial em São Bento

Texto da Associação Portuguesa de Trabalhadores Anarco-Sindicalistas (AIT-SP) 

A carnificina de Lisboa: 14-11‏ 

O que ocorreu na passada quarta feira, no dia da greve geral, foi uma agressão em massa, tipica de um Estado terrorista, como é o português. Um numeroso grupo de agentes provocadores, que se infiltraram numa manifestação constituida por alguns milhares de pessoas, em S. Bento, iniciaram o arremesso de garrafas e calhaus para o lado onde se encontrava o corpo de intervenção. Uma população revoltada com uma sucessão de cortes de subsidios, aumento de custos de bens e serviços de necessidade primordial, corte parcial de salários, em suma, de empobrecimento progressivo, demonstraram profunda revolta. No entanto, a maioria d@s manifestantes não usou dos métodos de atirar, de forma persistente e ao longo de cerca de uma hora e meia, as pedras e garrafas, aos agentes do corpo de intervenção, que aliás estavam bem protegidos!

O que se tratou foi de uma extensa penetração de terroristas do corpo de intervenção e de lacaios, quiçá recrutados nas claques de futebol, seguranças das discotecas e nas legiões de assassinos do PNR e do MON, na manifestação, com o propósito de a sabotar. Já não é a primeira vez que isto acontece. A novidade trata-se de um elevado numero de agentes provocadores infiltrados. Perante a persistência do ato, é possivel que alguns manifestantes possam ter reproduzido aquele ato, por efeito de influência de comportamento e em situação de profunda revolta e sofrimento, infligido por este conjunto de politicas fortemente anti-sociais. Mesmo assim foram muito poucas pessoas. Assisti a diversas reações de manifestantes, que procuraram parar com o arremeço de pedras, alguns dos quais foram insultados e ameaçados de agressão, por parte de individuos, de "porte atlético". Cheguei a ser abordado por um individuo que dava a entender as suas simpatias pela causa monarquica, que por acaso até estava junto a um grupo que arremeçava garrafas de cerveja de litro, para o lado da policia.

A organização de terroristas e assassinos, que dá pelo nome de Corpo de Intervenção, é pela sua natureza profissional, uma policia virada para a repressão e o terrorismo de Estado. Muitos destes individuos são de extrema-direita e os que não são, apreciam a violência pela violência e são sempre leais ao poder. Prefiro as manifestações onde se discutem ideias e onde o que se pretende contestar venha a público, com veemência. Toda e qualquer pessoas tem o direito e o dever de proteger a sua integridade e retaliar em caso de agressão. Os grandes desetabilizadores da ordem pública, são, precisamente, os caães assassinos do corpo de intervenção e toda a corja que trabalha para eles, ou melhor, para o capital financeiro, que nos está a estrangular com a austeridade.

O que se passa é que as manifestações vão sendo cada vez mais frequentes, numerosas e crispadas. O poder financeiro nacional e internacional (este último, representado pela Troika) e os seus lacaios do poder politico: o atual governo português, estão a verificar uma crispação crescente, que lhes corroi a estabilidade social necessária à sustentabilidade dos eu poder. Nestas circunstâncias, o uso da força torna-se inevitavel.  

Espancar gente em massa é um ato de punição, mas mais do que a punição, o que se pretendeu era provocar um efeito de intimidação coletiva sobre toda a população portuguesa, de modo a que esta se torne dócil e obediente, para que as politicas ultra liberais e de hiper austeridade, sejam realizadas sem qualquer perturbação. Sem dúvida que centenas de cães raivosos do corpo de intervenção, devidamente apetrechados se lançaram sobre uma larga multidão de milhares de cidadãos indefesos e desarmados (o agentes provocadores já teriam saído antes da carga policial), poderiam ter potenciado uma situação de que poderia ter resultado na morte por esmagamento, de pessoas que caissem e fossem "atropeladas" pela multidão em fuga. Esse numero de pessoas poderia ser contado às centenas! A perseguição realizada pelos ditos cães assassinos do Corpo de Intervenção, ao longo das ruas e avenidas, que culminou numa segunda carga, junto ao Cais do Sodré, tinha o propósito de aplicar a punição, por meio do espancamento, de participação na manifestação e aumentar o numero de detenções, para que, após a perseguição e o espancamento na rua, se seguisse a perseguição judicial.

















Em colaboração com os neoconservadores que nos governam e representam os interesses do capital financeiro nacional e global, a extrema direita que está infiltrada na PSP e sobretudo controla o Corpo de Intervenção, está-se a servir da própria estrutura policial, para perseguir organizações de esquerda e anarquistas, de modo a que estas se desmobilizem, para que depois a extrema direita possa servir-se do descontentamento e instaurar um estado totailitário. Tais métodos forma utilizados pelos nazis durante a República de Weimar, sem bem que enquanto a violência fascista era feita por uma organização paramilitar (as SA, que, contudo, também estavam infiltradas na policia alemã da época), a extrema direita portuguesa atual, usa o Corpo de Intervenção da PSP e msmo algumas esquadras, dominadas por militantes do PNR e do MON, tais como a de Oeiras, Cascais e Olivais.

Os orgãos de doutrinação social, vulgo comunicação social, deixaram a versão dos acontecimentos, segundo a qual os manifestantes que atiravam com pedras e garrafas à policia, eram uma minoria constituida por pequensos "grupos de encapuçados, profissionais da desordem" (o sublinhado não traduz o meu ponto de vista. Trata-se de um apanhado do que li no lixo jornalistico: Público, Correio da Manhã, Jornal de Negócios, etc). Mais, confirma que houve policias infiltrados na manifestação, que decoraram a cara dos manifestantes mais aguerridos, para depois os deter, logo após a carga policial. Se os ditos "provocadores profissionais" tinham a cara tapada, não era possivel ver-lhes o rosto, a menos que usassem material translúcido!!!!!.....Se foi um pequeno grupo que provocou (o grupo de policias à paisana era tudo menos um pequeno grupo. De futuro o melhor é virem tapados, porque já não é a primeira vez que são vistos a sabotar manifestações), porque é que a carga policial apanhou tudo e todos, indiscriminadamente!!!!!????? Por uma razão muito simples!!! Porque o objetivo era o de pôr termo à manifestação, punir a extensa multidão que aderiu e provocar um efeito público de intimidação!!! Os tipos perigosos de cara tapada é um mito. Nas claques de futebol, aí sim, é que estão os tipos perigosos para a liberdade e a segurança pública, tal como o corpo de intervenção e os skinheds.

Sem mais! Odeio o Corpo de Intervenção e só os queria ver mortos com napalm!
Corpo de Intervenção: Terroristas, Cobardes, Assassinos
Julgar soldados sem julgar generais é uma injustiça. Morte ao capital financeiro! 
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