“variações infímas podem alterar irreversivelmente o padrão dos acontecimentos” Uma simples mistificação dos economistas americanos, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias, cientificamente dada a conhecer á Humanidade por Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos.

sexta-feira, maio 26, 2006

a Arte e a Revolução

edição da Antigona










Richard Wagner (1813-1883), após ter tomado parte na Revolução de Dresden – designadamente ao lado de Bakunine –, em Maio de 1849, vê-se na contingência de abandonar aquela cidade, onde exercia as funções de «Kapelmeister» desde 1843, para procurar refúgio na Suíça. Redigirá então em poucos dias "A Arte e a Revolução" (Antígona, 1990; reed., 2001) e na sequência, ao longo da segunda metade desse mesmo ano, um dos textos mais marcantes da sua produção teórica: "A Obra de Arte do Futuro".
Wagner, que por esta altura tinha já composto e levado à cena O Navio Fantasma, ou seja, O Holandês Voador (1841), o Tannhäuser (1845) e o Lohengrin (1848) – para além das obras operáticas menos originais com que iniciara a sua carreira –, começara ainda em 1848 o trabalho numa parte daquilo que viria a ser muito mais tarde a Tetralogia: O Anel do Nibelungos. Mas suspende esse trabalho, e durante os anos de 1849 a 1851 dedica-se quase por inteiro à escrita teórica. Nesse período, para além de A Arte e a Revolução e A Obra de Arte do Futuro, redigirá ainda Ópera e Drama e Uma Comunicação aos meus Amigos, a par de vários outros textos mais circunstanciais de menores dimensões.
A Arte e a Revolução era apenas o esboço rápido de uma reflexão que Wagner levaria a cabo mais extensa e mais fundadamente em A Obra de Arte do Futuro. No fundamental Wagner pretendia unificar as grandes questões estéticas que o preocupavam com as questões de natureza política que estavam na ordem do dia e que encontravam expressão teórica na esquerda hegeliana, em particular em Marx e Engels, que haviam publicado o Manifesto do Partido Comunista em 1848, mas também em activistas como Bakunine, que viriam depois a entrar em litígio com Marx, no âmbito da I Internacional.
Um dos tópicos centrais de A Obra de Arte do Futuro é precisamente a crítica radical do Estado e dos valores que lhe estão associados, designadamente dos valores estéticos subordinados às relações de poder, económicas e políticas, que arrastam consigo a especialização artificial das «modalidades artísticas». Para levar a cabo esta crítica e conceber a alternativa de uma arte unificada, produzida pela «comunidade dos artistas», numa sociedade capaz de a receber, Wagner parte do modelo da tragédia grega, para poder traçar a linha da posterior desagregação das «artes» e assim poder compreender o carácter alienado das manifestações artísticas do presente e o caminho de reunificação que se perfila no futuro.

terça-feira, maio 23, 2006

Frases soltas


* “O livro de Manuel Maria Carrilho é central para se perceber a podridão em que vive parte da Comunicação Social e a presença de Agências de Comunicação que prometem fundos ilícitos e compra de opinião”
Emídio Rangel, DN 12/5

* Degradação dos valores éticos: “Nenhum Governo deixa de controlar a CS, a começar pela escolha das pessoas”
Pacheco Pereira

* exemplos da Politica entregue a mercenários:
a capa do Expresso onde Carrilho afirma que (todos) os jornalistas são débeis mentais
a multiplicação de referencias comunicacionais repetindo exaustivamente episódios irrelevantes
noticia sobre a campanha de Carrilho quando visitou um centro de Saúde em Benfica:
“chegou aqui um carapau de corrida armado em teddy-boy”

* Carrilho: “a SIC-Noticias cumpriu o papel da Fox-News – a mistificação do caso do aperto de mão foi urdida no noticiário antes do debate, onde foi referido, antes de acontecer – e depois, no final, filmado pelas costas dos intervenientes.

* acusação de clientelismo: acerca do processo judicial accionado por António Cunha Vaz contra Carrilho, por acusações feitas à Agência de Comunicação por esta ter comprado jornalistas e opinião ao serviço do polvo do PSD na CS

* à atenção da Entidade Reguladora da CS:
os jornalistas empregados no grupo empresarial Portugal Telecom
o caso dos 50 mil contos pagos pelo grupo Carlyle a uma empresa de Comunicação quando se propuseram entrar no capital da Galp

“Sobre Carrilho, duas coisinhas que se arriscam a ficar esquecidas no meio da confusão: foi o melhor ministro da Cultura que o país teve desde o 25 de Abril e, se tivesse sido eleito para a Câmara de Lisboa, teria sido, muito possivelmente, a personalidade de que a cidade desesperadamente precisa desde Duarte Pacheco nos anos de 1940.
O problema de Carrilho é que não percebeu que os politicos não podem ser “famosos” como são os outros “famosos”, jogadores de futebol, actores e actrizes, apresentadores de televisão, “famosos” profissionais. A todos estes, os media pedem a exibição da vida familiar e de alguns pecadilhos. Todos estes podem dar facadas nos casamentos e noivados, apanhar bebedeiras, descobrir o corpo à beira de piscinas, vender os direitos sobre fotografias, etc. Sem isso não teriam interesse mediático.
Mas os politicos não. Os politicos da era da televisão e da democracia de massas têm de parecer humanos mas não podem verdadeiramente sê-lo. Devem ter e exibir discretamente uma vida familiar, sim, mas apenas de dois tipos: ou a do avozinho simpático tipo Cavaco Silva ou a do robot sem verdadeira vida familiar como Blair ou Sócrates. Devem mostrar sentimentos, mas apenas os mais banais e com o maior “sentido de Estado”. Ai deles se dão a mais pequena escorregadela. Se aparentam ter qualquer afecto pronunciado. Se alteram a voz. Se se ofendem. Os media dão cabo deles sem nenhuns escrúpulos. E depois vêm queixar-se (todos contentes) de que os politicos que temos não valem nada e não têm nenhum interesse humano.
Carrilho devia ter percebido isto? Não sei porque é que devia. Tão pouca gente percebe”.

(Paulo Varela Gomes, leitor de Coimbra, em carta ao director do Publico)

quarta-feira, maio 17, 2006

A Águia e o Dragão - acerca do recente encontro China-Estados Unidos

O encontro entre os presidentes chinês Ju Hintao e norte-americano George W Bush deu-se recentemente, a meio de uma encruzilhada histórica. Faz um terço de século que Richard Nixon foi o primeiro presidente norte-americano a visitar a República Popular da China com a qual se iniciava o fim do isolamento internacional chinês. Daqui por mais outro quarto de século estima-se que a China ultrapassará os EUA como a primeira economia do mundo. Na sua relação, a China e os Estados Unidos, esforçam-se por manter um tratamento cordial, que favoreça ambos. Mas, sem dúvida, a perspectiva histórica levá-los-á até à confrontação. A China que Clinton considerava como seu sócio estratégico já é considerada por Bush como um competidor estratégico.


Na medida em que o peso económico e militar chinês aumente e a sua influência se expanda geram-se condições para um próximo choque de titãs. Desde que em 1972 Nixon visitou Mao, a China mudou bastante. Ingressou no Conselho de Segurança da ONU e nas principais organizações mundiais. Desde 1980 o seu produto quadriplicou. A sua taxa actual de crescimento ronda os 10% e é a longo prazo a maior do planeta. A China converteu-se a nível mundial no maior importador de carvão e de vários metais como ferro, aço e cobre, e no maior exportador de produtos manufacturados, como microondas, câmaras digitais e fotocopiadoras. Depois do Luxemburgo (um mini-país centrado em fornecer serviços financeiros ao mundo), a China é o proncipal captador de investimentos (mais de U$ 50.000 milhões de dólares o ano passado). Algumas fontes estimam que o produto bruto chinês já supera $US 8,000 milhões de dólares, e que este já é o segundo a nível mundial quedando-se não muito longe dos $12,400 milhões dos EUA. A China é o terceiro sócio comercial dos EUA, mesmo considerando que mais de metade das exportações chinesas se destinem à América do Norte. Por cada dólar que os EUA exporta, a China importa 6 dólares do gigante americano. O défice da balança comercial entre ambos os países supera os U$200.000 milhões de dólares, sendo o maior que os EUA jamais tiveram. Nos Estados Unidos discute-se actuamente a hipótese de elevar os direitos aduaneiros sobre as taxas de importação de produtos chineses em 27,5% como forma de pressionar Pequim para que prossiga a politica de manter artificialmente baixa a cotação da sua moeda. Sem dúvida, a vantagem da competitividade chinesa assenta em que os salários lá são proporcionalmente mais baixos 5 a 10% do que nos Estados Unidos, além de que, o Partido Comunista, o suposto partido dos trabalhadores, oferece a garantia da manutenção desses salários baixos e da disciplina laboral. Tanto o Japão como a China têm beneficiado de uma boa relação comercial com os EUA. Os dois são os principais compradores da dívida pública norte-americana. A China possui $US 260,000 milhões de dólares em títulos do tesouro americano, com os quais pode pressionar os EUA, que teme vendas massivas desses títulos, alterando assim as taxas de juro e de inflação no seu país. A competitividade chinesa pode representar um perigo maior para os EUA do que a do Japão. Por duas razões. A China é uma potência militar (que possui além do mais 400 missiles nucleares) e tem um sistema que não é propriamente capitalista nem liberal. Enquanto o sistema ocidental se baseia em democracias multipartidárias e em economias abertas de mercado, o regime chinês sustenta-se desde 1949 no monopólio do Partido Comunista e a sua economia é essencialmente estatizada e sujeita a um plano quinquenal.

No modelo comunista tradicional o dinheiro não é tanto um valor que serve para gerar lucro e capital, mas permanece apenas um meio de contabilidade e de aquisição de produtos indispensáveis. Lá, as empresas são do Estado e estão sujeitas a um plano e os directores não podem ser donos das empresas mas apenas seus administradores. A China, sem dúvida, criou um novo modelo que combina o antigo sistema herdado de Mao e Estaline, com elementos de livre empreendorismo. A empresa privada, que estava impossibilitada de prosperar na antiga União Soviética, tem agora bons alicerces e o capital estrangeiro é benvindo. Para os comunistas chineses, os soviéticos enganaram-se quando quiseram liberalizar a politica primeiro e depois a economia, enquanto eles começaram pela segunda e planeiam manter o partido único que garante estabilidade económica e social e evita explosões sociais como as que destruíram a URSS. A China emerge como um novo poder mundial, ao mesmo tempo distinto das potências da Europa e do Japão, pois não se baseia no capitalismo liberal, nem no sistema da antiga URSS pois aceita e incentiva o mercado privado. Durante a guerra fria entre Washington e Moscovo, a politica externa soviética sustentava-se em fomentar e apoiar partidos comunistas e guerrilhas de libertação nacional. A diplomacia chinesa, em mudanza, é distinta. Pequim não dá importância à promoção de partidos comunistas locais nem a forças aliadas em outros países, respentando, e bem, o direito de não ingerência nas politicas internas de cada país. Não se centra em promover os direitos sociais por que antes o Kremlin pugnava, nem os direitos humanos que a Casa Branca apregoa. Simplesmente se baseia naquilo que convem mais aos seus interesses comerciais. Por isso Hu Jintao mal chega aos EUA reúne-se com os magnatas da Microsoft, Boeing e da Starbucks e a China tem relações com países que Bush quis afastar pela sua conduta não democrática, tais como o Zimbabwe, Sudão ou a Birmânia. Pior ainda para Washington, Pequim tem um relacionamento excelente com as novas potências nucleares que os EUA temem, como o Irão e a Coreia do Norte. O avanço chinês faz-se sentir em zonas onde antes Pequim tinha pouca influência: em África e na América Latina. No continente negro a China controla 40% do petróleo sudanês e está a investir mais de U$2000 milhões de dólares no ouro negro nigeriano. Na Venezuela os chineses investem U$1000 milhões que ajudam Chavez a manter uma atitude mais desafiadora perante Bush. A China potenciou o seu comércio com o Peru, Chile e com o Mercosul de onde provêem as matérias primas que em troca recebem investimentos e produtos manufacturados. A penetração chinesa é algo que vem sendo utilizado por Lula, Bachelet e Castro como contrabalanço perante os EUA. É algo que será também usado por qualquer novo governo de centro esquerda sul-americano (no Peru, seja o próximo presidente Garcia ou Humala). A nível imediato a China não é o adversário principal dos Estados Unidos. Não chegou a ser aquilo que a URSS foi até há 15 anos quando perdeu a guerra-fria. O inimigo principal é o terrorismo islâmico e na luta contra Bush quer aumentar a sua força interna e internacional e controlar os poços de petróleo do Médio Oriente. Pequim não apoiou as guerras contra o Iraque e Afeganistão. E bem, tem andado a ajudar o Irão tirando proveito de Washington andar distraído e desgastado por elas, para avançar internacionalmente melhorando as suas relações com o Japão, Rússia, União Europeia, África do Sul, nações Árabes, Índia e América Latina. Os Estados Unidos mantêm no entanto a mira dos canhões apontada para a China. Por um lado saúdam a abertura comercial, e por outro denunciam a violação dos direitos humanos, por tráfico de órgãos de prisioneiros executados, por não dar autonomia ao Tibete e por ameaçar invadir Taiwan. Pequim por sua parte, não faz guerra fria a Washington, não financia a Al-Qaeda, o Hamas, o Hezzbolah ou as guerrilhas latino-americanas. Mas, sem dúvida, desenvolve laços comerciais com todo o grupo de países adversários dos Estados Unidos.

(*) Isaac Bigio, analista internacional.

terça-feira, maio 16, 2006

"O Novo Mundo" um filme de Terrence Malick



"A Morte de Colombo

Há bem 50 anos que Eduardo Lourenço tenta ensinar-nos a pensar. E a pensarmo-nos. Em vão. Tal como, há cinco séculos, falhámos o encontro com Montaigne, tambem agora falhamos o encontro com o Montaigne que Deus nos deu, de mão beijada. Num Portugal da verborreia, ele é a palavra justa. E justamente a palavra. Livre, heterodoxa, culta, inteligente; síntese de toda a memória e analítica do mais ínfimo pormenor presente. Num Portugal de menos, ele é o pensador demais. O que não admira: num país que, colectivamente, há muito se não pensa e ainda menos se idealiza, ele sobra. Consideramo-lo, respeitamo-lo, emolduramo-no como a um ícone, cuja presença se exige em cada “evento cultural” (como ora, pacoviamente, por cá se diz), mas ele sobra-nos. Sempre. Malgré lui, porque, auto-expatriado embora, nunca Lourenço de Portugal realmente saíu. Direi mesmo que, há meio século, persiste sentado a uma mesa d`A (sua) Brasileira de Coimbra (que já não existe), insistindo em conversar connosco. Militantemente. Por isso o formidável corpus da sua obra não é uma tese, é um incontornável somatório de fragmentos. Por isso o mais magistral dos nossos maîtres à penser, se faz da palavra um magistério, é tudo menos um magister. Por isso também o mais idoso dos nossos pensadores é também o mais moderno (ou pos-moderno) deles todos.
Considerasse a douta Academia Sueca o ensaio como arte maior da Literatura, e Eduardo Lourenço teria sido o nosso primeiro Nobel. Assim não foi. Nem nunca o será. Daqui a 30/40 anos, porém, quando o Portugal que houver se der conta do espantoso legado de Lourenço, o descobrirá então. Demasiado tarde para ele e sobretudo para esse Portugal futuro, herdeiro de um Portugal atávico, sempre atrasado nos quotidianos da vida e nas obras da vida e nas obras da História. É isto, sobre Lourenço, um panegírico? Não, nem ele disso precisa. O que isto é, ou visa ser, é uma chamada de atenção para o seu livro mais recente. Sobre a morte de Colombo ( o da descoberta da América, esclareça-se). Dir-se-ia que, por uma vez, Lourenço se afastara de Portugal para se ir numa navegação de longo curso. Mas não: pensando Colombo, a América (ou a parte dela chamada Latina) e o Brasil, o que, de facto, Lourenço pensa é Portugal e essa Europa a que (embora num quarto com vista para o saguão) agora, de jure, pertencemos.
O livro (mais uma vez) é um conjunto de textos que abarcam mais de quatro décadas de reflexão. Mas, a cada passo, seja qual for a data do artigo, nos deparamos com a intemporalidade de um pensamento arguto. Será que a Europa descobriu a América? Será que Portugal descobriu o Brasil? “Quem descobre quem?” – interroga Lourenço, ignorando as baboseiras mediáticas habituais sobre a matéria, para, logo após, responder que essa descoberta nos tornou “outros”. Pelo que, hoje – diz – nós os Europeus “somos todos índios a título póstumo”. Ponto de partida de um livro com múltiplas chegadas. Num percurso aliciante.

Rodrigues da Silva, JL, sobre “A Morte de Colombo” de Eduardo Lourenço, Edit. Gradiva.

VPV - Carrilho: sob o signo da calúnia

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e assim se constroem desinteresses, que chegam a raiar a aversão pela procura da verdade:

domingo, maio 14, 2006

Clara Pinto Correia

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sábado, maio 13, 2006

México


"Ensinou-me o Velho Antônio que somos tão grandes quanto o inimigo que escolhemos para lutar, e tão pequenos quanto grande for o medo que tivermos. "Escolha um inimigo grande e isso te obrigará a crescer para poder enfrentá-lo. Diminua seu medo porque, se ele crescer, você vai diminuir", me disse o Velho Antônio numa tarde chuvosa de maio, nessa hora em que reinam o fumo e a palavra. Nós, os zapatistas, queremos tudo para todos, para nós nada. Todos os que com arma ou sem arma, com rosto ou sem rosto, indígena ou não indígena tomam para si o nosso sonho de um país melhor, são zapatistas."

Subcomandante Marcos
Exército Zapatista de Libertação Nacional

texto e imagem: cortesia daqui

sexta-feira, maio 12, 2006

Presidenciais 2006: o Expresso descarta Soares

capa uma semana antes das eleições

"O Velho de Belem"

“Se o dr. Cavaco acha agora que a queda vai continuar e que ele vai assistir de Belém, inerte e calado, a um desastre inevitável, perdeu qualquer espécie de legitimidade politica.O “Expresso” publicou ontem (sábado) uma noticia inesperada, inconcebível, quase absurda. Claro que hoje em dia o Expresso não inspira muita confiança. De qualquer maneira, não acredito ainda que invente, por desleixo ou espírito de intriga, uma coisa tão grave. De que se trata? Segundo o Expresso, o dr. Cavaco, Presidente da República, não só pensa que a situação económica portuguesa está “condenada” até 2010, mas nem sequer tem a certeza de que ela “melhore” depois disso. Ou seja, pode mesmo acontecer que não “melhore” nunca.

Parece que estas confidências do dr. Cavaco foram feitas na semana passada aos “parceiros sociais”. Se é verdadeira a versão do Expresso, e suponho que será, estamos, sem exagero, perante uma crise politica de grandes proporções.Convém não esquecer que o dr. Cavaco se candidatou a Belém declarando que não se “resignava” à decadência económica do país, que pretendia restaurar a “confiança” na sua força e no seu futuro e que a leição dele era a “ultima oportunidade” de parar e de inverter o declínio de um a década e o crescente afastamento da “Europa”. Quem acreditou nisto, dito e redito com emoção e ênfase, votou nele. Se o dr. Cavaco acha agora que a queda vai continuar e que ele vai assistir de Belém, inerte e calado, a um desastre inevitável, perdeu qualquer espécie de legitimidade politica. Se alegar, como de costume, que não conhecia a situação, arruína para sempre a sua velha imagem de seriedade e competência. E se atribuir à sorte e ao mundo as desgraças de Portugal, a desculpa habitual do desespero, não convence ninguém. Por outras palavras, no fundo, o problema é este: sabia ou não sabia o dr. Cavaco o que o esperava e o que esperava o país? Se não sabia, nada o desculpa. Mas se, de facto, sabia, o objectivo da campanha presidencial foi, desde o principio, o de premeditamente iludir os portugueses. Nos dois casos, não há explicação que o salve. O homem, que no tempo da sua omnipotência vituperava “os velhos do Restelo”, transformado em “velho de Belém” arrasa o governo e, de caminho, enterra Portugal inteiro na passividade e na resignação. Com uma agravante, “os velhos do Restelo” tentavam evitar erros que ele cometeu e deixou cometer. “O velho de Belém”, com a sua enorme autoridade, anuncia passivamente o pior e “bloqueia” irresponsavelmente o país. Basta contar pelos dedos: quatro, cinco, seis, sete anos…? Quem aguenta?”

quinta-feira, maio 11, 2006

Não se esqueçam:

Este em Novembro próximo, o mais tardar, vai à Vida,,,



mas com os que se seguem,,, a outra face dos dois Partidos Únicos, as melhoras serão poucas,,,


óbviamente, o apoiante mente, ou é ignorante - datam do mandato de Clinton os ferozes bombardeamentos da Nato que estiveram na origem do desmembramento da Jugoslávia, onde milhares de Sérvios morreram, ficaram feridos ou foram desalojados e deportados

Jugoslávia, a Primeira Guerra da Globalização

sexta-feira, maio 05, 2006

DE CÓMO EL 'PLAN COLOMBIA' COLABORA CON LOS BARONES DE LA 'COCA'

Ernesto J. Navarro:

Del 3 al 11 de noviembre pasado, el Estado Venezolano realizó la operación "Sierra XVII 2005". Se trató de un operativo conjunto entre la Fuerza Armada Nacional (FAN), el ministerio de Interior y Justicia y otros organismos, para la erradicación de plantaciones y laboratorios para el procesamiento de droga, ubicados en la frontera con Colombia.
En este operativo se erradicaron 110 hectáreas de amapola, 15 hectáreas de marihuana y 80 hectáreas de la planta de coca. Aproximadamente, el gobierno venezolano barrió con unas 269.738 plantas de coca y más de 10 laboratorios para el procesamiento de droga.
Todo esto ocurre como parte de una serie de acciones coordinadas que la fuerza armada de nuestro país viene realizando a lo largo del año, y en las que se han atestado severos golpes a las mafias de la droga. Muy a pesar de los intentos fallidos de Estados Unidos por asegurar que el gobierno bolivariano no combate la siembra, elaboración y tráfico de drogas.
Pero como algunos (caso administración Bush) tienen la costumbre de ver una paja en el ojo ajeno y no la viga del propio, leímos hace un par de semanas, la edición número 62 de la revista colombiana Gatopardo (una publicación que nadie puede tildar de pro-chavista, todo lo contrario), un trabajo periodístico titulado "La Súper Coca", escrito por un periodista estadounidense de nombre Joshua Davis, quien es colaborador, no de "aporrea", no de "rebelión", sino de las revistas "GQ" y "Wired".
El texto, comienza con un sumario que dice: "El periodista estadounidense Joshua Davis (Š) deja al descubierto una variedad de coca resistente al glifosato. Tal parece que lo millones y millones de dólares que invierte Estados Unidos en las fumigaciones de la selva colombiana sólo sirven para despoblar de maleza los cultivos de los barones de la droga".
Veamos detalles
¿Cómo es esto? Pues bien, Davis explica en su trabajo que el "glifosato", un herbicida conocido por su nombre comercial: "Roundup", es el principal ingrediente de "la millonaria campaña de fumigación aérea financiada por los Estados Unidos y que es un punto central en la guerra contra las drogas". Entonces, la denominada coca "Boliviana Negra" resultó una planta resistente a las fumigaciones y por ende el dinero que invierte Estados Unidos en el Plan Colombia, sería casi una gentil contribución al mercado ilegal de la coca.
A ver, el periodista californiano recuerda que "la ayuda de Estados Unidos a Colombia fue de más de 750 millones de dólares el año pasado y ha estado ingresando al país desde 2000, cuando el Congreso aprobó el Plan ColombiaŠ". Entre las informaciones en las que profundiza el reportaje puede leerse, que la resistencia de algunas plantas al roundup es algo que se conoce, al menos oficialmente, desde 1996, cuando la no muy bien ponderada empresa Monsanto, "comercializó su patentada soya Roundup Ready, una planta genéticamente modificada que era inmune al glifosato (Š) la llegada de la coca Roundup tendría un efecto similar, excepto que en este caso los Estados Unidos estaría matando la maleza para los barones de la coca".
Los representantes de la embajada estadounidense en Colombia fueron abordados por su connacional Davis, sobre la existencia de la "Boliviana Negra" ¿y qué obtuvo? Un ataque de risa. Según las estimaciones de la embajada, las fumigaciones son efectivas en "un 99%".
Pero si todo el mundo en Colombia parece saber de la existencia de la "Boliviana Negra" (también conocida como la millonaria), porqué no se ha cambiado el herbicida, según el periodista Davis: "El verano pasado, según muestran documentos, los oficiales antinarcóticos de la embajada estadounidense en Bogotá sostuvieron una discreta reunión con el presidente Álvaro Uribe y le preguntaron si consideraría cambiarse de "Roundup" a "Fusarium oxisporum", un hongo micoherbicida. Algunas especies de él, según se sabe, atacan la cocaŠ"

El "Fusarium", es un hongo que vive en la tierra, no un químico y Estados Unidos está vendiéndole a Colombia un herbicida que ellos mismos se negaron a utilizar por sus terribles consecuencias en las zonas de aplicación. "Una propuesta para utilizarlo en Florida fue negada en 1999 después que el director del departamento de Protección Ambiental encontrara que era 'dificil si no imposible, controlar la diseminación del Fusarium". Una diseminación del hongo podría causar enfermedades a cosechas de tomates, pimentón, flores, maíz y hasta viñedos. No obstante, según una carta que la embajada en Colombia envía al Departamento de Estado, el 3 de octubre de 2003, Uribe estaría listo para saber más sobre el hongo.

Plan coca-lombia

Toda esa millonada invertida en fumigaciones aéreas y que Estados Unidos exhibe como un gran logro del Plan Colombia, termina siendo una triste bufonada puesta al descubierto por un periodista "gringo", quién se fue a las entrañas de nuestro país vecino para investigar sobre una planta de coca, sobre la que la embajada se ríe porque le parece una fábula de campesino.
Ya, el "Roundup" acaba con las cosechas de banano, de maíz y de otras especies, lo único que resiste es la coca, ¿qué creen ustedes que van a sembrar los campesinos? Y mientras Bush sigue acusando a los gobiernos del mundo como forajidos, como terroristas, ellos parecen haber invertido una suma sustancia de dólares, en limpiar los sembradíos de coca en la selva colombiana.

quinta-feira, maio 04, 2006



Berliner Ensemble

Um dos endereços principais do teatro alemão: o Berliner Ensemble, abreviadamente B.E., no Teatro do Schiffbauerdamm é legendário e histórico – e, ao mesmo tempo, extremamente vital. O revolucionário do teatro Bertolt Brecht e a atriz Helene Weigel fundaram o Berliner Ensemble em 1949, em Berlim Oriental. Naturalmente, as peças do mestre eram o ponto central do repertório, fazendo do teatro épico um marco mundial. Brecht encenou ali o “Círculo de Giz Caucasiano”. Helene Weigel, que dirigiu o teatro até à sua morte em 1971, foi logo em 1949 a “Mãe Coragem” de maior sucesso. Ao lado de Brecht, um segundo grande dramaturgo alemão marcou a história do B.E.: Heiner Müller (1929–1995), que levou a história alemã contemporânea ao palco de maneira renitente e radical como nenhum outro, dirigiu o teatro nos anos 90. A sua montagem da peça brechtiana “A Ascensão Resistível de Arturo Ui” faz parte do repertório também em 2006, após mais de 300 apresentações. Hoje em dia o B.E. não se restringe, naturalmente, a Brecht: o superintendente Claus Peymann, combativo teatrólogo de primeira linha, quer “encenar teatro contra o espírito da época, aliado a uma idéia conjunta política e estética”. O Ensemble é famoso pelas suas adaptações modernas dos clássicos. No centro das atenções está, porém, o teatro contemporâneo com estréias de autores como Elfriede Jelinek, Botho Strauss ou Christoph Ransmayr. A direção das peças fica a cargo, entre outros, de Claus Peymann e de George Tabori, de 92 anos de idade, “o mais velho dramaturgo do mundo”, como ele próprio afirma. Também o americano Robert Wilson, o “mágico do teatro”, gosta de encenar suas interpretações monumentais no Schiffbauerdamm. Atualmente, ele está apresentando aí “Conto do Inverno” de Shakespeare. www.berliner-ensemble.de

O teatro

A casa de espetáculos do Berliner Ensemble é, desde 1954, o Teatro no Schiffbauerdamm, hoje Praça Bertolt Brecht, em Berlim

quarta-feira, maio 03, 2006

 
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